BANCA ROTA
BANCA ROTA
Veste a túnica de indúbia austeridade
nos salões de nobreza e status da voz.
Legisla o mando; dá pontos nobres sem nós;
em causa própria faz leis de prosperidade.
No redil, um aprisco de nobres, o algoz
protesta defender sempre a legalidade.
Nas suas teses está infusa improbidade,
conchavo do nobre edil, sem cocorocós.
O eleitor, portador de real honra austera,
apenas posta seu voto de confiança.
Tudo produz, mas quando vende, não prospera.
E a vil alcateia ano empós ano rebrota,
se lhe não serve o ideal, faz nova aliança,
levando em seus atos a Pátria à banca rota.
240711 – Afonso Martini