Justiça Noturna
Beleza de inconstantes segredos
Aplainam-se as arestas do encanto
Fez-se nascer da justiça, no entanto
Insegura nas mãos pálidas, o medo
Que adiantaria tanto desvelo
Se na verdade poderei cativar
Um outro motivo por revê-lo
Se no brasão a vitória virá?
Sairia do seco vazio, ferido
A noite de inconsciências será
Da duvida, anteparo erguido
Das cinzas se renasce o vigor
Sem mancha, nem mácula, ou ira
Que os sentidos curaria a dor?