Post mortem

Nas sombras onde a Morte faz colheita

Enlutada em véu negro decadente

Não brota da luz a sânie fulgente

Verdade perpétua, intensa e eleita.

Na cripta abjeta onde o segredo espreita

Afligindo os homens eternamente...

No ceifar de vidas constantemente

Na eterna treva sempre tão refeita.

A demência, a sondar a vida que pregas.

Que terão conseqüências tão funestas

Na espiritual desgraça que te aguarda.

Depois da morte verás certas chagas

Num conjunto dolente sem arestas

Da anomalia espantosa sempre parda.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 06/12/2006
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T311135
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