Soturno

Na fábula dos dias, escorreu-se a dor...Que flamejante...

Transformou-se em murmuroso torpor.

Na fábula da noite, viu-se arranhacéus dependurados no chão...

Lembrando cordilheiras de um distante lugar.

Nas formas fugidias que pairavam dia e noite:Risos e soluços...

Ostentavam um paradoxo - Viver ou morrer.

E na calada da alma, a vida fazia-se triste e enferrujada...

Pelo ócio desnutrido dos Homens da Terra.

Tecnologias debulhadas pareciam chamar a virtude...

Contudo seus aspectos eram imundos e malsãos...

Resultado de diabólicos séculos de escárnio.

E tudo assim nesse e naquele mundo fazia-se soturno.

Um grito e um pedido de perdão soavam como animosidade.

E tudo foi sendo regado à mesmice puritana ou não!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 21/07/2011
Código do texto: T3109064
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