Soturno
Na fábula dos dias, escorreu-se a dor...Que flamejante...
Transformou-se em murmuroso torpor.
Na fábula da noite, viu-se arranhacéus dependurados no chão...
Lembrando cordilheiras de um distante lugar.
Nas formas fugidias que pairavam dia e noite:Risos e soluços...
Ostentavam um paradoxo - Viver ou morrer.
E na calada da alma, a vida fazia-se triste e enferrujada...
Pelo ócio desnutrido dos Homens da Terra.
Tecnologias debulhadas pareciam chamar a virtude...
Contudo seus aspectos eram imundos e malsãos...
Resultado de diabólicos séculos de escárnio.
E tudo assim nesse e naquele mundo fazia-se soturno.
Um grito e um pedido de perdão soavam como animosidade.
E tudo foi sendo regado à mesmice puritana ou não!