MEUS VERSOS
Componho versos arrancando do meu cerne
os meus anseios, os meus medos, frustrações.
Porque mantê-los dentro d'alma traz sezões
brutais, severas de revolta, iroso berne...
Meus versos dançam, permitindo que se alterne
o quê de bem com quê de mal nas emoções
que giram tanto, em desvairar zeloso, incerne...
E a minha vida, então, contida em turbilhões...
E são vitais, meus versos são os meus amparos
por este mundo que me cospe os féis amaros...
Quão impossível esquivar-me da poesia!
Vinde, meus versos, a cobrir-me em vossos mantos,
em vossa glória que, de ardores, faz encantos...
Vinde salvar os meus resquícios de alegria!