+ Ódio +
Agora vos falo do mais vil episódio
De um malfadado, o torpe fascínio
Que dilacera o homem ao escárnio
De matar a alegria em mar de ódio
Ter na mente tomada pelo assédio
Da inveja, cobiça e ira em empório
Donde reina o mal com seu império
Coração empedernido sem remédio
E toda desgraça alheia é um delírio
Que cerra os dentes ao despaltério
Boca que chora e rí cantando tédio
E toda agrura aos olhos é um colírio
Que enterra ao aloite dum cemitério
O amor já natimorto no seu prelúdio
Valdívio Correia Junior, 20/07/11