EFÊMERA
Sinto o véu da tristeza inundar-me
Como traiçoeira viajante
A querer possuir-me delirante
Feito sombra a procurar-me.
Não, não existe para este ser a saída.
Que se condena apenas a transitar
Feito folha seca ao vento a rolar
Embaixo das sombras desta efêmera vida.
Não, não haverá lugar onde possa ficar.
Nas ruas passos apressados a seguir
Passam... lado a lado sem intervir
Na dor que sufoca sem ninguém p’ra ajudar.
Mas ninguém se dá conta no que vê
É mais um... entre milhões, este ser.
Belém, 22/08/09 – 14h58