O AMOR QUE MATASTE
O AMOR QUE MATASTE
Sá de Freitas
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No princípio eras como amante ardente:
Em teu corpo meu corpo se aquecia;
Teu olhar inspirava-me poesia;
Teu sorriso era lindo e transparente.
Mas com o passar do tempo, lentamente,
Foi surgindo, por mim, sua apatia...
E seu desdém crescendo dia a dia,
Faz-me querer viver de ti ausente.
Porque nas longas noites, sem carinho,
Contigo, em nosso leito, estou sozinho,
Sentindo-me "tão nada", tão pequeno!
Preferível é viver andando incerto,
E dormir contemplando o céu aberto,
Mas sentindo as carícias do sereno.
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré - SP - Brasil