O MEU SONETO É PÁSSARO FERIDO

Fagner Roberto Sitta da Silva

Um pássaro ferido na prisão

do mais puro aço, assim eu imagino

o meu soneto, ser que em solidão

segue cantando a todos seu destino.

Ave no cárcere da inspiração,

presa pra sempre pelo peregrino

tempo, presa no simples alçapão

de um verso vez sonoro e cristalino.

Velha sina de todo canarinho

que só deseja o céu, a liberdade,

em seu triste cantar, sempre sozinho.

O meu soneto é pássaro ferido

e o meu verso é cantar de uma saudade:

a lembrança de um voo interrompido...

Garça (SP), 19 de julho de 2011.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 19/07/2011
Reeditado em 27/07/2011
Código do texto: T3104811
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