Sozinho
No seu mundo vive sozinho,
Os níveos cabelos vê crescer,
Ali tudo é muito pobrezinho,
Pouco ou nada há para comer!
Da velha cabana fez seu ninho,
Onde os seus livros persiste ler,
Acolá naquele despido cantinho,
Poemas ele continua a escrever!
E o desgastado poeta sem valor,
Já nada possui que possa perder,
Mas para dar tem ainda seu amor,
Já estafado pouco mais vai dizer,
Na velhinha jarra olha uma flor,
Também ela já prestes a morrer!