Quando se entende a dor de um poeta

Admiração sempre tive,

Pelo poeta Álvares de Azevedo.

Que na plenitude sagrada da poesia,

Debruçava-se em amáveis pensamentos

Da dor da paixão mal resolvida,

Que das fibras o coração dilacerava,

Sonhava das noites mal dormidas,

Pelo beijo sagrado da mulher amada.

Das suas obras só uma coisa eu não entendia,

Como o amor impossível assim se nutria,

E lhe definhava irrefutavelmente o seu viver.

Mas, hoje diante de um amor que tenho,

Tão impossível, platônico e nada sereno...

Sei muito bem o que o poeta tentou dizer.