PÁSSARO NOTURNO
(Soneto n.216)
***
Em pássaro noturno (solitário)
o meu espírito se transforma
e, quando assume essa forma,
anseia planar n'outro cenário.

Veloz, feito um barco corsário,
sem hora...sem lei...sem norma,
ele já desliza pela plataforma -
a mostrar-me o meu contrário.


O não-vivido, nem Deus devolve,
mas, agora, parto mundo afora
rompendo este céu, esta aurora.

A claridade da noite me envolve
com sua beleza de lunar imagem
e me faz voar por tal paisagem
!
***

Silvia Regina Costa Lima
30 de maio de 2011

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 18/07/2011
Reeditado em 26/10/2020
Código do texto: T3102048
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