POETAS

Agora que estamos plenos de loucura

sob este sol que se deita entre nós,

vaguemos; espíritos tardios de versos

que semeiam luzes nas varandas.

Esses hospícios de almas neuróticas

abrem tarde suas vítreas portas;

não falemos de estrelas e de manhãs

como doem nossas mãos aduncas.

Sejamos muitos, o tempo é conciso

e nos espera à cancela lilás do dia.

Porém fiquemos calmos, taciturnos,

que a palavra nasce a cada instante;

outros de nós apontam no caminho,

outros de nós abraçam a eternidade.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/07/2005
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