Ao vento

 

A noite vem chegando, meu amor,

Cantas-me baixinho a tua canção...

E os meus ouvidos em solidão,

Deixa-os embriagar ao seu primor...

 

Cantas minh’alma ao seu esplendor,

Deixas que pulse o meu coração...

E no meu ilusivo à devassidão,

Cantas-me baixinho a minha dor...

 

Há gargalhadas que não são sorrir,

Há ventos que não são cantigas

E há lágrimas que não são chorar...

 

A minha dor na noite, se passa a rir

Em cantos inquietos, que antigas,

Foras os dias por meu amor cantar...

 

(Poeta Dolandmay)


Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 15/07/2011
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T3096925
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