A FLECHA DO CUPIDO

A FECHA DO CUPIDO

Sei lá, quiçá um doce picar de dardo

ferindo o lado esquerdo do meu peito,

deitou tonturas em mim – doce efeito,

que juntinho ao coração até hoje guardo.

Será o cupido que me fez eleito

para carregar tão suave fardo?

O toque femíneo que tanto aguardo

e insônias traz, doridas, quando deito?

De tanto esperar os anos passaram;

machuco-me tanto neste caminho;

os belos sonhos jovens se afastaram.

Só resta acoitar-me no triste ninho

e ruminar momentos que ufanaram,

farejando ao longe o odor do carinho.

Afonso Martini

130711

OBRIGADO BOA AMIGA E MESTRA DO RONDEL POR ESTA TÃO AMADA INTERAÇÃO. ENVAIDECEU-ME A HONRA QUE ME CONCEDESTE COM TEU POETAR MEIGO E BRILHANTE.

Foi assim, bem de repente,

quando ia distraído,

que inesperadamente,

flui flechado por Cupido.

Parece ser bem sabido,

pois que falam... toda gente.

Foi assim bem de repente,

quando ia distraído.

O passado, felizmente,

depressa foi esquecido,

vivo feliz e contente,

no amor sou renascido.

Foi assim, bem de repente...

Obrigada, caro amigo, por sua presença na minha página. Abrçs. Helena

Afonso Martini

170711

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 14/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
Código do texto: T3094087
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