Soneto sem métrica sobre uma alma que não é minha
Me doa um pouco de vida
você que usa a sua dessa maneira
sempre procurando algo fútil
pra servir como ferida
Eu preciso de uma alma emprestada
pra ficar no lugar da minha
eu faço bom uso
já que pra você ela não vale nada
Eu não neguei emprestar a minha,
e ela foi sequestrada
e não me devolveram ainda
Talvez com a sua eu volte a sorrir,
a ser feliz, tenha minha inocência devolvida
e não veja de novo ninguém me roubar e partir.