Soneto aos caminhos da vida

Quem foi? Qual vai ser? Por onde andou?

Eu e minhas vidas misteriosas

Que manejam minh'alma das maneiras duvidosas

Minha fé cega na vida as ludibriou

Ainda que eu caminhe

no vale da sombra da morte

não ficarei à minha própria sorte

mesmo que a escolha de caminhos seja minha?

O mistério da luta que há dentro de mim

não cabe em verso, não cabe em métrica

cabe só no descobrir aos poucos e simples assim

Não se deixando surpreender

pelo exagero do bem ou do mal

um dia chegarás a me conhecer