Almas dilaceradas

Auta de Souza

(psicografado por Chico Xavier)

Quando, em dores, na terra inda vivia

Caminhando em aspérrimas estradas,

Via presas do pranto e da agonia,

Almas feridas e dilaceradas.

Escutava a miséria que gemia

Dentro da noite das ânsias torturadas,

Treva espessa da senda tão sombria

Das criaturas desesperançadas.

E eu, que era irmã dos grandes sofredores,

Sofria, crendo que tais amargores

Encontrariam termos desejados.

E confiada na crença que tivera,

Cheguei à luz da eterna primavera,

Onde há paz para os pobres desgraçados.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 04/12/2006
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