Inspiração

Vento há tanto ausente,

inspira-me curtos versos,

um soneto talvez,

inspiração efêmera,

logo será distante?

Rezo para não ser mais fugaz como o vento que passa,

confesso, afloram sentimentos confusos,

um medo gela a espinha, paraliso, deixo a caneta cair...

Quantas flores trará a primavera de meus sonhos?

Encantos desabrochados, alegria em todo meu ser,

os campos mais verdes, o cheiro das flores, aromas divinos exalando

despejam no coração mais entristecido sublimes versos.

Perto. Longe. Presente. Ausente. Por que tão perto e distante se coloca a inspiração? Altos montes onde mal posso enxergá-la se esconde,

tão fria e cruel, mancha de lágrimas meu papel já amarelado,

triste e fatal como a chuva que destrói casas em meio a madrugada...

De repente o dia se faz noite, a alegria vira tristeza...

Você, eu, num quarto, faltam-me os versos, falta-me você...

Francis Poeta
Enviado por Francis Poeta em 12/07/2011
Reeditado em 08/06/2014
Código do texto: T3089895
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