Amor, por certo
Não restam nem talvez nem faz de conta
Se a conta eu já paguei, não devo mais
E ademais, não terás de mim afronta
Ah, quantas vezes me escondestes o As. ( JRPALÁCIO)
Soubesse que dorida foi a crença
Por álibis criados pra esconder
Silêncio que pensaste indiferença
E que acabou, por fim, por te ofender;
Por certo sem temor descortinava...
Por certo sem um véu, meu proceder.
Há muito, confessado, o meu amor.
Perdoa, se por birra foi à fava,
o tempo, e a regar tanto sofrer...
Mas hoje, aqui me tens, ao teu dispor!
JRPALÁCIO & ANA MARIA