SONETO II

Tomo a pena e com permissão lhe escrevo

singelas palavras a tu que és poeta,

por te amar demais explicar-lho devo

que sem ti não vivo,caro meu, e meta

E se assim deixares eu é que me atrevo

a suplicar-lhe um beijo após sua sesta

Versa poeta! E com fervor me enlevo

pelos teus lábios de candura incerta.

Sonho! E o que antes queimo, agora nevo.

Era onírica esta paixão que me aperta

Meu bom poeta que a morte me excreta.

Queira-me e até a eternidade me levo,

a viver uma felicidade certa

ao lado de meu bom e amado poeta.