ANOS DEPOIS
Anos depois, o sol ainda permanece escondido.
Não mais brilhou. Esconde seus raios calorosos
Para deixar-me sofrer; carregando o adormecido,
É como chamo os anos com dias e noites dolorosos
Sem ter você para encher de vida esse espaço vazio
Onde o tédio habita, tentando fazer-me companhia.
A distração me foge. A alegria já se foi. só o delírio
Permanece preso em minha alma, sem anistia.
Escondo o meu rosto flagelizado diante à impotência
Desses anos vazios, sem graça carregado e dores
Onde perturbações inquietam toda minha existência.
Só falta a mão insana da sorte roubar-me a consciência,
Jogando sobre mim todos os males e todos horrores
Para que eu possa vagar nos caminhos da demência.
DIONÉA FRAGOSO