ANOS DEPOIS

Anos depois, o sol ainda permanece escondido.

Não mais brilhou. Esconde seus raios calorosos

Para deixar-me sofrer; carregando o adormecido,

É como chamo os anos com dias e noites dolorosos

Sem ter você para encher de vida esse espaço vazio

Onde o tédio habita, tentando fazer-me companhia.

A distração me foge. A alegria já se foi. só o delírio

Permanece preso em minha alma, sem anistia.

Escondo o meu rosto flagelizado diante à impotência

Desses anos vazios, sem graça carregado e dores

Onde perturbações inquietam toda minha existência.

Só falta a mão insana da sorte roubar-me a consciência,

Jogando sobre mim todos os males e todos horrores

Para que eu possa vagar nos caminhos da demência.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 10/07/2011
Reeditado em 10/07/2011
Código do texto: T3087071