SORTE
Andar de dedos cruzados
Ficar evocando a sorte
Pés de coelhos, coitados
Não lhes evitaram a morte
Desalentada e triste
A criança ainda chora
Seu coelho não mais existe
Foi para o céu, foi-se embora
Olhando as nuvens agora
Ela vê lá o seu bichinho
E ao pai do céu agradece
Toda noite ela reza
Em favor do amiguinho
E Deus ouve sua prece
Saulo Campos
Itabira MG