SONETO DA AMIZADE
Sinto que deixei de mim, marcas latentes em tua vida.
A saudade que fustiga com impertinência tua afável alma.
Como na minha história te guardo com carinho e ternura
E no pensamento tenho de ti a recordação como um carma.
Deixei-te versos virgens, que apenas para ti eu soube compor.
Naquele tempo em mim brilhava um sol que vinha somente de ti.
Tempos atrás jurei pela vida que eu vivesse, não te esquecer.
O destino veio e sem dizer nada, me fez da tua estrada partir
Deixei em ti fantasias, estradas douradas, e um querer bem mansinho.
E esta saudade que nos faz poetas, apaixonados, um furação,
Impulsionados, recordativos, sonhadores, e fantasiando, amores.
A vida tem amizades, mesmo feita no aconchego da virtualidade,
Que sequer tenhamos sentido o perfume, continua em nosso coração,
Vive em nosso ser como um ramalhete, onde nunca murcham as flores.
Salvador, 2011