LETARGIA

Em soturnas veredas andante
De alegria no peito carente
Embebido no fel degradante
Contemplei teu olhar refulgente

A beleza sem par, flamejante
Ofertou-me um abraço envolvente
Meu afeto entreguei, vi-me amante
Dessas mãos um total dependente

Veio à tona teu homem faminto
Resgataste meu tórrido instinto
Dissipando cruel letargia

Nosso amor construiu belo conto
Em profusa emoção me desmonto
Se componho pra ti poesia