A UMA JOVEM MENINA
O sol iluminava a primavera,
E ela a perpassar indo ao jardim;
Eu a fitava, lá de minha janela,
Com um amor que não cabia mais em mim .
Voltava com um buquê deitado ao colo,
E um olhar dentro em meus olhos, sempre igual,
Não havia a maldade nos seus olhos,
Nem no pudor não havia qualquer mal:
Era pura, inocente, e não sabia
O que eu corrido ao tempo imaginava,
Mas ela, toda em flores, permitia.
Porém uma coisa em mim me trancafiava,
E acabei, por amor, com a fantasia,
E o buquê, eu recusei, que ela me dava.
Geraldo Altoé