Barbara

Barbara foi à barbaria que fizeram naquela favela!

Quantos sonhos dissiparam-se e eu vi pela janela!

Havia um jovem que não sabia para onde ir, entrou numa viela!

A morte passou com toda fúria contida nela!

Foi um cano que cuspiu e expeliu o sangue nela!

Uns até pediram clemencia, mas não havia capela!

Seus passos harmonizados avisavam da sua esparrela!

Quem é ela? Quem me dera? Quem dissera? E a donzela?

Chora no corpo que um dia feliz lhe fizera!

Agora tem um filho no ventre que virgem era

Bárbara, inepto foi à decisão dela.

Aonde vai agora se a demora é tocar fogo na favela?

Suas leis não a protegem mesmo dentro duma cancela!

Vi seu sangue, sua mão, sua vida sumir e seu amor, foram com ela!

10/05/11

Carlos Atelson
Enviado por Carlos Atelson em 07/07/2011
Reeditado em 05/08/2011
Código do texto: T3080159
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