A Mentira De Um Povo

Valete dos Anjos

Tenho nos olhos a gota da dor

Brota em meu peito o leito de morte

Sinto na carne o punhal de fogo,

Lacerando-me a abrasadora carne do espírito.

Sou cravejado pelos espinhos da mentira;

Sou forçado nesta insólita meta do jogo.

O ar que respiro tem o cheiro do velório

Me deixa irritado na planetária do desgosto...

Com a dolorosa carne morta no tempo,

Quero putrefazer a sociedade que tenho,

Tendo- o pus do momento a cólera do tempo.

A sociedade é indócil... E vive em sua orbita particular,

Cercada pela mentira e a áspera vida...

Todos iguais na pavorosa verdade; eterna mentira.

Italo Gouveia
Enviado por Italo Gouveia em 06/07/2011
Reeditado em 14/08/2011
Código do texto: T3079318
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.