O CANTO DA SEREIA
Sonhos, embalos, e loucuras de verão,
Em tons matinais, vividos a beira mar,
Os pálidos resquícios de tanto te amar,
Afloram descansados na palma da mão.
Uma suave brisa, percorre a mansidão,
Da luminosa manhã que lembra teu olhar,
Que me atravessa o corpo e vai se alojar,
Bem no fundo de minh’alma, com precisão.
As ondas lentamente quebram na areia,
Trazem uma paz que transborda alegria,
Lembrando o intrigante canto da sereia.
Com os pés molhados, brinco de fantasia,
Busco encontrar em vão a quem semeia,
Em solo infértil a inspiração desta poesia.