CÉU DE ESTRELAS
Retirei do mais profundo das entranhas
Suguei o sangue parco de minhas veias
Ouvi ao longe o canto da sereia
Que cantava (numa solidão tamanha!)
Pisei fundo pelas terras mais estranhas
Entorpecida por minha alma alheia
Prosternei-me diante da lua cheia
Que surgia por detrás d’uma montanha!
Ouvi o som de um violino que brandia
Nos acordes de uma doce melodia
Em veneração àquele céu de estrelas...
Confundida pelo arrebatamento,
Tentei alcançá-las – só por um momento
Mas, infelizmente, eu só pude vê-las!