Meu roseiral
“O rose, thou art sick!
The invisible worm
That flies in the night
In the howling storm
Has found out thy bed
Of crimson joy,
And his dark secret love
Does thy life destroy.”
(BLAKE)
Em meio às trevas da noite, qual um ladrão,
O Verme Devorador veio se arrastando –
Com seu repugnante corpo coleando
Estabeleceu-se em meio ao coração
De meu roseiral, que outrora foi tão loução;
Suas folhas com avidez ia devorando
Até que lentamente foi o arrasando
A um horrendo estado de putrefação.
Permita-me minha parábola explicar
Com o máximo de clareza que eu puder
Se não compreendes o que estou a lhe contar:
De ti, ó pérfida, não quero mais saber!
As rosas do AMOR que vim a cultivar
Deixaste o verme do AMARGOR corroer!