QUANDO SE AMA

Sentindo o teu perfume, imaginava:

Que doce é a mulher, que ser mais puro...

Quem é que não se entrega às doces juras

De uma mulher? Sem elas não sou nada.

Dizia-me o silêncio: - No futuro

O homem será escravo da mulher...

E eu acreditei naquelas juras:

E escravo eu fiquei de quem me quer.

E foi meu pesadelo bem mais longe,

E eu disse para ela: - Não procures-me!

Não quero mais mulher, vou ser um monge!

Mas ela me quebrou na infame fúria

Do amor, e ela me disse: - Ninguém esconde

Na alma a tirania e a loucura.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 05/07/2011
Reeditado em 06/07/2011
Código do texto: T3077647