A Palavra D'alma
Valete dos Anjos
Sou cego que busco as palavras,
Encontradas na’lma vividas pela carne;
Assim as árvores com tuas folhas e frutos,
Traz o verde da esperança na folha do tempo.
Exponho a nudez em alma vestida de versos,
Trazendo o joio e o trigo semente da carne.
A dor aflora; corpo não suporta e chora.
A alma percebe o sol sombrio que consola!
Agora no meu rio que chora,
Sou gotas de lágrimas que meu peito assola.
No gotejar silencioso que sai da aurora...
A luz são feixes intermináveis,
Da claridade oriunda... Profunda do ser.
Hoje queimante palavra, traz o branco profundo.