A RAZÃO NO AMOR
Em nada me atenho quando a paixão
Invade o meu silêncio me insultado.
Nas asas de um pensar saio voando,
E vou bater na porta da razão.
Mas ouço-a dizer que sou atrevido,
Que não há razão que possa discernir
A alma de dois seres divididos,
Que o bom talvez é mesmo eu desistir.
Depois ela me chama para um canto,
E diz: Tente outra vez, pode dar certo,
Quem sabe num repente ela se encante!!?
E assim, ouvindo as vozes da razão,
Eu fico a me iludir pensando nela,
Judiando ainda mais do coração.
Geraldo Altoé