Soneto Silencioso
Soneto Silencioso
Recorro a ti, soneto, à tua sonoridade
Aos teus ecos que sobrevivem no passado
Ecos de intensa paixão, solidão e saudade
No espelho dos versos mais íntimos, recordados.
Recorro a ti, soneto, tão humanamente
Para confessar no silêncio deste momento
O meu amor...Às ondas que tão lentamente
Fitam o meu olhar através do firmamento.
Recorre aos teus quartetos o meu pensamento
Quando pairam silenciosos nos versos da poesia
Enredados pelos mais puros infindos sentimentos.
Recorro aos teus tercetos, e aos teus pés,
A luz que se reflete ao belo nascer do dia
Eu vislumbro encantada na beleza das marés.
M@ryjose