A NOITE PÉRFIDA
A noite pérfida se fez trémula então,
Na fímbria da vida, qu’acredita...
Onde vislumbra o olhar do alçapão,
Naquela diáspora do vento que dita.
A janela cabisbaixa grita de perdão,
Ávida de sono da rua que apita,
Onde a cambraia que arrebita,
No soslaio da madrugada do violão.
E a luz do candeeiro mesmo pereceu,
Notívaga do luar onde conheceu,
Ao som dum grande e belo violino.
Na candura do nosso amanhecer,
Eivado da natureza deste viver,
Na sombra letal do meu destino.
LUIS COSTA
15/03/2011