A NOITE PÉRFIDA

A noite pérfida se fez trémula então,

Na fímbria da vida, qu’acredita...

Onde vislumbra o olhar do alçapão,

Naquela diáspora do vento que dita.

A janela cabisbaixa grita de perdão,

Ávida de sono da rua que apita,

Onde a cambraia que arrebita,

No soslaio da madrugada do violão.

E a luz do candeeiro mesmo pereceu,

Notívaga do luar onde conheceu,

Ao som dum grande e belo violino.

Na candura do nosso amanhecer,

Eivado da natureza deste viver,

Na sombra letal do meu destino.

LUIS COSTA

15/03/2011

TÓLU
Enviado por TÓLU em 04/07/2011
Reeditado em 22/08/2016
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