Brita...

O som ecoa, e o homem, sereno, brita...

Do outro lado da rua, do asfalto, um Flat...

São dezessete horas, e o homem geme...

Virando-se na cama alva, no leito: Demente.

E a criança que passa moribunda com a mãe, ri.

Moribunda pelo barulho da britadeira que grita...

Que brada um som de horror incandescente...

E indolente, no Flat, o jovem chama...A noite de festim...e droga...

Chama por Alguém e ninguém ama: Ele dorme, e dormirá...

E o homem que brita, nem sabe, ele apenas é: O momento.

E a criança ri daquilo insólita...

O britador mal fala, porém declama sua agonia solícita...

Que resulta em fome, em fé, e labuta dama...

E no Flat, às dezenove horas, um homem acorda: Brita.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 03/07/2011
Código do texto: T3073640
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