AMIGOS PERDIDOS

Eu me lembro de alguns amigos do passado,

colegas do meu tempo estudantil distante.

Não sei aonde está cada um deles plantado.

Não sei quem já morreu nem quem está andante.

De uns os nomes perdi, de outros estou lembrado.

Não sei como hoje está em cada um seu semblante.

Quem sabe com algum deles já tenha cruzado

sem o reconhecer e prosseguido avante.

Onde estão o Pompílio, o Libório, o Ademar ?...

Será que algum de mim guarda alguma lembrança?

Perguntas assim faço e consomem-se no ar.

A nossa vida é assim, sempre em recordação,

mas enquanto vida há, existe uma esperança

de revermos alguém que sumiu da união.

(14/11/1999)