hibernal mas eterno

Eu apago luz e sem chorar de dor

poetizo só num fim de noite quente

mas hibernal Dia a morrer sem cor

no meu sombrio e entristecido ambiente

No jarro à frente são três rosas tortas

a desfolharem-se num ar escuro

de solidão e de abandono Mortas

como um amor a fenecer futuro

E antes de tudo terminar em nada

eu sobrevivo no meu verso triste

única história que sei em mim morar

Pois de que vale andar na rota errada

contrária rota ao amor que em mim persiste

se apenas sei por esta rota andar?