SONETO DA VIDA E DO TEMPO

Fagner Roberto Sitta da Silva

Vida que escapa pelos vãos dos dedos

e foge pela estrada do passado,

leva também amados sonhos ledos

como se fosse vil ladrão alado.

Só não carrega todos os meus medos

nem a ilusão de um dia ser amado,

mas deixa pelo chão muitos segredos

como folhas de outono prolongado.

Passam horas, minutos e segundos,

mas sinto que resiste um pobre olhar

de esperança, que vê além dos fundos

sulcos deixados pelas poucas rugas,

nestes olhos cansados de avistar

o tempo e suas incessantes fugas...

Garça (SP), 30 de junho de 2011.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 30/06/2011
Reeditado em 12/07/2011
Código do texto: T3067379
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