UM CONFORTO A QUEM ME AMA TANTO

UM CONFORTO A QUEM ME AMA TANTO.

Apesar da tristeza que amiúde pisca e assombra

Quem minha morte carpirá ao correr da noite escura,

Hás de crer que sensatez se contrapõe a esta loucura

De servir-me incondicionalmente ao revés da minha sombra.

Tem atenção de uma serva que contempla o seu senhor.

Guardião das doces frutas do pomar do paraíso.

Que te deu o mel, e hoje, indiferente e circunciso

Tira de sua boca, que deseja o pomo santo do amor

Montado em minhas costas cavalgou o mundo afora

O erudito europeu, o cônscio oriente e novo mundo

Mas, naufrago, lentamente, no denso mar da tranqüilidade.

Por isso, minha querida, não se aflija, não agora!

Afinal, a minha barca ainda singra o mar profundo.

E o ultimo manjar te espera, na árvore verde da saudade.

lazaro correa de oliveira
Enviado por lazaro correa de oliveira em 30/06/2011
Código do texto: T3067292
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