AOS AMIGOS

Caros, vos peço tolerância e paciência;

Os anos retesaram a minha lassidão,

A calma é curta, se instalou a impertinência,

O estopim acende com a menor fricção.

Descartai vossas polêmicas e veredas,

Falai mais das aventuras e das lembranças,

Faze-me recordar as grandes labaredas

Que alastravam na carne nas silentes danças.

Como vede, as minhas discórdias são constantes,

À flor da pele, passeia xucra, a resposta,

Sede calmos e mais amenos nos semblantes.

Sois meus amigos, devei dar vosso respeito,

Na permissão que nada devo em troca disso,

Afinal, amanhã sereis do mesmo jeito.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 30/06/2011
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