O vento varreu meus versos.
Levada pelo verso que compus
eu noto que amar não tem critério,
nem a lógica do que a dor traduz,
no silêncio desvendo o mistério
Abraço a penumbra da solidão
vejo que o vento varre meus versos,
dissipa as silabas n’uma amplidão,
levando consigo meus processos.
O mesmo vento enxuga meu rosto,
levando lagrimas de sentimento,
d’um amor há muito tempo morto.
Por não poder ouvir morro de amar,
e rogo ao vento, devolva meus versos,
os que varrestes nesse meu penar.
Fátima Galdino
29/06/2011
Fortaleza-Ceará