O RISCO
Nem sei quantas vezes te jurei amor,
Muitas mais ainda te dei de provas,
Com tantos dias que sofri a dor,
Por todas essas minhas luas novas.
O fim que ainda adiei, um fim atroz,
Estendendo para ti a minha longanimidade,
Por tantas vezes que estivemos as sós,
Ainda não me conheceste de verdade.
Vou tomando as rédeas de nós dois
Sem temer o que me vem depois,
Mesmo que eu, no fim, ande sozinho.
Mas se contudo me dás amarguras,
Sem se importar comigo e minhas juras,
Cônscio estou e sigo outro caminho.
(YEHORAM)