A MÃO
A mão irada nesta vida louca,
Grita e berra de tanta tristeza…
Chora desta saudade bem presa,
A mão descobre a cabeça, a touca.
A mão conversa com os dedos,
Nesta pérfida e ébria fonte.
Que vislumbra este belo horizonte,
Na tétrica dos seus bons segredos.
A mão está sentada no seu banco,
Cansada da vida, mesmo franco,
A mão desatina pela madrugada.
A mão descontente e mui viril,
Na descoberta do seu belo perfil,
Pela natureza mui desgraçada.
LUIS COSTA
20/03/2011