A MÃO

A mão irada nesta vida louca,

Grita e berra de tanta tristeza…

Chora desta saudade bem presa,

A mão descobre a cabeça, a touca.

A mão conversa com os dedos,

Nesta pérfida e ébria fonte.

Que vislumbra este belo horizonte,

Na tétrica dos seus bons segredos.

A mão está sentada no seu banco,

Cansada da vida, mesmo franco,

A mão desatina pela madrugada.

A mão descontente e mui viril,

Na descoberta do seu belo perfil,

Pela natureza mui desgraçada.

LUIS COSTA

20/03/2011

TÓLU
Enviado por TÓLU em 29/06/2011
Reeditado em 25/08/2016
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