PÁSSARO SOLTEIRO
Ouvi, nesta noite, a voz do vento
Não é um vento como de costume,
Leve brisa de um ar gelado, raro.
Nesta querida terra de clima quente.
Ouço o balanço das arvores,
Solfejando as teclas verdes,
na imitação de acordeons.
Bebí a seqüências de sons,
Difusos e despersos....
Que invadiram o meu momento,
Modulando íntimas canções.
O céu, parece tão lindo de cor alaranjado,
e pingos de chuva tocam o chão. Como é belo o som da natureza?
Aprecio este momento com um copo de whisky na mão,
e o coração uma mescla de dor e ternura.
Mais uma noite em casa, pra variar sozinho em meu quarto.
Enrolado em um denso cobertor, sentindo falta de uma companhia.
Sigo gole por gole em frente a este computador, um certo tom de lamento.
Lembro da frase de um velho amigo: “Siga só como um pássaro solteiro”.