PÁSSARO SOLTEIRO

Ouvi, nesta noite, a voz do vento

Não é um vento como de costume,

Leve brisa de um ar gelado, raro.

Nesta querida terra de clima quente.

Ouço o balanço das arvores,

Solfejando as teclas verdes,

na imitação de acordeons.

Bebí a seqüências de sons,

Difusos e despersos....

Que invadiram o meu momento,

Modulando íntimas canções.

O céu, parece tão lindo de cor alaranjado,

e pingos de chuva tocam o chão. Como é belo o som da natureza?

Aprecio este momento com um copo de whisky na mão,

e o coração uma mescla de dor e ternura.

Mais uma noite em casa, pra variar sozinho em meu quarto.

Enrolado em um denso cobertor, sentindo falta de uma companhia.

Sigo gole por gole em frente a este computador, um certo tom de lamento.

Lembro da frase de um velho amigo: “Siga só como um pássaro solteiro”.

Paulo Henrique Oliveira
Enviado por Paulo Henrique Oliveira em 29/06/2011
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