ALMA NEGRA
Aquela alma negra, vil e doentia,
De pensamento turvo, de coração duro,
Que aprendeu de mestres, o escuro,
Que jamais viu, de fato, a luz do dia.
Engodado esteve com falsas promessas,
Atado em seu corpo, o fogo, a morte,
Acreditava mesmo que lhe cabia a sorte,
Que matar e morrer, eram ordens expressas.
Desde a infância e de suas origens
Foi incutido na mente ideias de terror,
Ideias de pureza e das virgens.
Mas fala a poesia o seu clamor
Por fitar tantos males, tais vertigens:
Até quando matarão em nome do senhor?
(YEHORAM)