A dor da solidão
E vejo quão tristonha é a solidão,
mas não me entrego, eu luto até o fim.
E vejo que esta luta faz de mim
um bravo, porém sem compensação.
A luta me restaura as forças, faz
enorme bem a mim, para o meu ego,
aniquilando a dor. Mas, se me entrego
aos tristes pensamentos, não sou mais
aquele ser soberbo, tentador,
que tudo pode, tudo faz, não sou
o eterno amante; já passou meu tempo.
Eu não me entrego, e luto contra a dor
da solidão. Se nada mais restou,
eu olho para mim e me contemplo.