Agora só, na madrugada

Pra me manter tão triste e amargurado,

esta mulher, a quem eu amo tanto,

escondeu a ternura, o seu encanto,

esqueceu meu amor, deixou de lado.

Ó, mulher! Tu, que sabes como estou,

que viveste de perto a minha vida

em meu leito de amor, vens esquecida

agora desta paz que nos ligou?

Não te lembras do riso em minha boca?

Esqueceste o teu choro no meu peito

em momentos de dor? Eu hoje vivo

a amargura do adeus, certeza louca,

alucinada. E agora, só, no leito,

invado as madrugadas, pensativo.