Não sei por que razão

E cultivado pra manter-se vivo

o meu amor já foi. Não descuidei

do trato necessário enquanto amei

esta mulher. Mantive o porte altivo,

o riso nos meus lábios, fala mansa

e sensual enquanto amei. E, enquanto amava,

eu me fortalecia, eu me cuidava

e dava rédeas para a esperança;

enquanto amava, eu cultivava o amor.

Porém o amor, não sei por que razão,

foi definhando, e eu me vi, então,

desamparado, imerso em mar de dor.

Aquele imenso amor se foi, e eu não

encontro nem sequer explicação.